Saúde feminina é tema de debate com a presença do CEO global da Organon

Save Print

April 19, 2023 2:01 pm EDT

Roda de conversa contou ainda com a participação da UFPA, da consultoria arco e da presidente da Frente Parlamentar pela Saúde da Mulher

Durante a visita de Kevin Ali, CEO global da Organon, ao Brasil, foi realizada uma roda de conversa, no Hotel Palácio Tangará, em São Paulo, para discutir temas importantes para a saúde feminina. O debate foi realizado dia 17 de abril para diretores da Organon Brasil e contou com a participação da representante da Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) Florbela Fernandes, da deputada Federal Renilce Nicodemos, criadora e presidente da Frente Parlamentar pela Saúde Feminina, da médica ginecologista e membro da Febrasgo Maria Celeste Osorio Wender, e do cientista político e diretor da Arco Lucas Aragão, além de Kevin. A mediação foi feita pelo CEO da Organon Brasil, Ricardo Lourenço.

Kevin abriu o debate falando sobre o propósito da Organon e explicando que o que a empresa está fazendo é um grande experimento. “Outras empresas trabalham as doenças em si, mas sem nenhuma orientação de gênero. Enquanto isso, nosso trabalho é voltado para a saúde da mulher”, disse.

A deputada federal explicou o que a motivou a criar a frente parlamentar e como sua experiência pessoal, no interior Pará, mostra que o Brasil tem diferentes necessidades e que a saúde da mulher ainda é muito negligenciada. Já Florbela, representante da UNFPA, apresentou uma série de dados que mostram a urgência de se agir nesse tema, sem deixar ninguém para trás. Segundo ela, além da causa humanitária, investir em saúde representa também ganhos econômicos. “Se não agirmos agora, quando faremos?”, provocou.

A médica Maria Celeste chamou a atenção para a importância da educação para se enfrentar as questões de saúde. “O Brasil tem dimensões continentais e as questões de saúde são muito díspares. Precisamos fazer com que as informações cheguem nas diferentes regiões para que a mulher evolua como pessoa”, argumentou.

Lucas Aragão lembrou que, para que isso aconteça, é importante que a mulher aumente cada vez mais sua representatividade na política e trabalhe efetivamente por causas femininas. “Existem tantas frentes parlamentares, mas não tínhamos nada voltado para a saúde da mulher. Temos que lembrar também que uma boa ideia não é o fim da história, é o começo”.

Durante o evento, foi transmitido ainda um vídeo da senadora Mara Gabrilli, que não pode participar presencialmente. Ela comentou o quanto é positivo haver discussões como a promovida pela Organon e como a presença feminina no Senado tem ficado mais organizada, já com boas conquistas na área, como a eliminação da necessidade de aval do marido para que a mulher possa usar contraceptivos. Para fechar o evento, Kevin Ali retomou a palavra e lembrou que, apesar da urgência do tema, pouca coisa mudou na saúde da mulher nas últimas décadas. Segundo ele, o que mudou é o grau de discussão que tem sido feito e isso é positivo. “Grandes mudanças começam dessa forma e todo esse barulho já nos mostrou o que é importante: educação, acesso e inovação”, concluiu.